terça-feira, 18 de maio de 2010

Medo!

Foto: Fernanda Coelho.

A foto representa o medo que Amyr tinha de seu sonho "se apagar". Afinal, assim como temos que ter cuidado para uma vela se manter acesa, sendo cuidadosos e prestando atenção com o vento, ele foi muito cauteloso em todas as suas escolhas. Ele sabia que qualquer "vento" não calculado com precisão poderia colocar tudo a perder.

Solidão!

Foto: Fernanda Coelho.

A foto representa a solidão que Amyr sentia. Apesar de ter total consciência que solidão é questão de um estado de espírito, e não questão de você estar num local cheio de pessoas (afinal, alguém que está rodeado de gente, pode estar se sentido muito mais só do que alguém que está realmente sozinho, no meio do Atlântico, por exemplo). 
Amyr conversava com os animais, e não se deixava abater, porém sentia falta do contato com o ser humano. A foto nos mostra uma pessoa em contato com a natureza, assim como Amyr, porém longe de qualquer tipo de contato com o homem.

Conquista!

Foto: Fernanda Coelho.

A foto nos mostra uma conquista, a sensação de tarefa cumprida, sonho realizado, total felicidade. Amyr se sentiu exatamente dessa maneira quando conquistou o seu objetivo. Também podemos relacionar a volta para a cidade, observando os prédios que aparecem na foto.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Como o Livro "Cem Dias Entre Céu e Mar" pode ter contribuído para o meu olhar!

Nesse post, irei relatar em como a leitura do Livro "Cem Dias Entre Céu e Mar", de Amyr Klink contribuiu para o meu olhar, seja como observadora da natureza, seja como fotógrafa.
Como falei no post passado, quando falava das minhas impressões sobre o livro, comentei que desde o início, desde os primeiros capítulos, me interessei pela jornada de Amyr. E durante a leitura, diversas vezes parei pra pensar o que a lição de vida dele, poderia acrescentar na minha vida. Afinal acredito que tudo que aprendemos, seja na escola, na vida, com um amigo, ou mesmo com um livro, acaba ficando gravado na gente e de uma maneira ou de outra, nos ajuda no nosso desenvolvimento como pessoa.
Como diz Chaplin: "Cada pessoa que passa em nossas vidas, deixa um pouco de si, e leva um pouco de nós." E na minha concepção, isso pode se adequar perfeitamente a um livro.
Querendo ou não, após ver toda a viagem de Amyr Klink, você aprende a dar mais valor e a prestar mais atenção nas pequenas coisas, a ser mais detalhista e minimalista, e aí está um ponto que vai me ajudar em relação a fotografia, afinal os detalhes são de extrema importância.
A perseverança do autor, nos estimula, e apesar de muitas vezes eu ter dúvida sobre essa questão, ele realmente me fez acreditar que sim, nada é impossível. Mas, nada cai do céu, ficou mais do que claro que é preciso determinação, esforço, coragem, planejamento e um pouquinho de sorte também cai bem.
Em diversos capítulos, o autor menciona os animais, e foram principalmente nessas páginas, que ele conseguiu fazer arrepiar, e até mesmo as lágrimas resolveram dar o ar da graça, pelo menos pra mim, e acho que quem tem um animal de estimação, assim como eu tenho, ou quem também é apaixonado pelos animais, se sentiu do mesmo jeito. É incrível como eles passam confiança e se tornam realmente companheiros, não tem jeito, eles são da família.
Amyr nos faz olhar ao nosso redor, e ser grato pelas pessoas que estão a nossa volta, e principalmente a querer demostrar a essas pessoas o quanto elas são importantes em nossas vidas, pois muitos caminhos que podemos escolher na vida,  podem não ter a passagem de volta garantida, e infelizmente nós não somos avisados com muita antecedência.
Muitas vezes ele também nos faz olhar para dentro de nós mesmos. Nos faz querer testar nossos limites, e mostra que a vida é pra ser vivida, pra ser aproveitada, que você tem que fazer o que você gosta e do jeito que você gosta, e não se deixar ser influenciada por opiniões negativas. E se você tem um sonho, tem que ir frente, e não desistir por conta de dificuldades que podem e vão aparecer no seu caminho. O que Amyr nos mostra, é que todas essas "pedras" que aparecem na nossa vida, devem ser dribladas, e apesar de parecer ser impossível, não é. Você tem que acreditar em si mesmo, acreditar que você pode e que tem potencial, ser humilde para aprender com seus erros e aí então, com o passar do tempo, depois de muitas dificuldades que foram vencidas, você percebe o quanto você cresceu e aprendeu.
É preciso seguir em frente, e independente de tudo...ser feliz! Afinal, aquilo que não não nos mata, nos torna mais fortes. 

terça-feira, 11 de maio de 2010

Impressões Sobre o Livro "Cem Dias Entre Céu e Mar" de Amyr Klink

Amyr Klink, a bordo do lâmpara flutuante.

Vou ser sincera ao dizer, que ao ver o título do livro de Amyr Klink, "Cem Dias Entre Céu e Mar", não fiquei muito entusiasmada com a idéia da leitura que estava por vir, porém depois da compra do livro, e de muitissímas boas recomendações de todos que já haviam tido o livro nas mãos, fiquei, digamos, curiosa, e daí então, resolvi começar de uma vez por todas.
Após alguns capítulos lidos, comecei a me interessar pela história desse brasileiro maluco! Quem, em sã consciência, teria a idéia de fazer uma travessia pelo Atlântico em um simples barco a remo, sozinho, no meio de toda essa imensidão? Somente um apaixonado pelo mar!
Lendo o livro, e tentando entender um pouco mais seus pensamentos, comecei a achar ele menos maluco, e comparar essa fissura que ele tem pelo mar, com a fissura que eu tenho pela música e pela fotografia, e que outros tem por animais, por carros, enfim...vi que é um amor, uma paixão indescritível, mas que ele consegue transmitir em palavras e provocar arrepio nos leitores.
Ver a determinação que ele teve, é estimulante. Todo o preparo, estudos, pesquisas, não é pra qualquer surfista, tem que ter muita coragem mesmo! Com a ajuda de toda a tecnologia, preparou cardápios especiais, como comida desidratada, desenvolvida especialmente para esse projeto, ele comia até risoto em alto mar, como podemos ver, de fome ele não morreria de jeito nenhum.
Fora as histórias dos animais que ele relata, os únicos companheiros que estavam lá, marcando ponto todos os dias, vão das mais encantadoras, até as mais assutadoras. Os dourados que o acompanhavam, que ele até nomeou, e que segundo Amyr, o avisavam quando o perigo estava a caminho. Tem coisa mais emocionante do que ver seus únicos companheiros tentando lhe passar segurança?
E os tubarões e baleias que muitas vezes iam acordá-lo no meio da noite? Talvez só por diversão mais conseguiam tirar seu sono, e não é pra menos, não é mesmo? Muitas vezes lá estava ele, com seu barco tombado, graças a esses animais, que adoravam o assustar.
A viagem de Amyr foi muito conturbada, chegou a vencer ondas de até 16 metros de altura, e diversas vezes ele teve medo de alguma coisa dar errado, acabando com esse projeto que exigiu tanto dele e de outras pessoas, que confiaram e acreditaram que a travessia seria possível, mas em nenhum momento ele pensou em desistir! Apesar de ficar tanto tempo sem contato com humanos, a sede de vitória lhe dava mais força e fazia com que ele esquecesse do cansaço e das dificuldades pelas quais ele vinha passando. E com certeza, essa perseverança que ele teve, foi um dos principais pontos que o fez concluir essa tarefa tão importante em sua vida.
Muitas vezes o silêncio do mar o surpreendia e o distraia durante horas de remadas, fazendo-o lembrar de sua família e seus amigos, pessoas queridas que ele morria de saudades, e a cada pensamento, cada pessoa lembrada, ele se sentia mais motivado a continuar, querendo chegar mais rápido ao encontro dessas pessoas que também o aguardavam ansiosamente.
Pois foi assim, com muita garra e luta, que depois de 101 dias de viagem a bordo do "lâmpada flutuante" (apelido que foi dado ao minúsculo barco a remo), desde o porto de Luderitz, na África do Sul, até a praia da Espera, no litoral baiano, que Amyr Klink concluiu a primeira de muitas jornadas no mar que estavam por vir. Essa foi só o começo da  vida cheia de desafios que ele escolheu, e que o faz feliz! Afinal, não há mais dúvidas sobre a toda a felicidade que lhe é proporcionada, quando ele está a bordo de um barco.
Ele levou essa viagem como uma lição de vida, um exemplo de força e conquista, e isso é compartilhado com qualquer pessoa que lê um de seus livros. Aí fica a dica pra quem ainda não leu! :)

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Análise da Obra "O Outono" - Eugène Delacroix

Como falei anteriormente, a exposição mais atrativa na minha opinião, foi sobre A Arte do Mito. Lá constavam diversas obras, poderia passar horas aqui escrevendo sobre todas elas, mas sempre tem uma em especial, aquela que a primeira vista cativa e desperta curiosidade.
E essa obra foi "O Outono" de Eugène Delacroix (1798-1863), uma tela que teve início em 1856 e só foi concluída em 1863. Só de ver que foram necessários 7 anos para Eugène concluir essa obra, dá pra imaginar a riqueza da tela e a quantidade de incontáveis detalhes que te fazem passar no mínimo 30 minutos à frente da obra para conseguir perceber cada um deles, é realmente impressionante!



"O Outono ou Baco e Ariadne"
Obra de Eugène Delacroix.

Não conhecia essa obra de Delacroix, na verdade, nunca fui uma profunda conhecedora de obras de arte. O único quadro que eu já conhecia do artista, cujo qual já ganhou minha total admiração, é "A Liberdade Guiando o Povo", e pra ser bem sincera acho que só o conhecia pelo fato dele estampar o encarte do último CD do Coldplay.
Mas após a ida ao MASP que me fez ficar encantada por sua obra, fui pesquisar sobre o artista e descobri que esse quadro na verdade, foi encomendado por um político e industrial alsaciano chamado Andree-Frédéric Hartmann (1772-1851), e não foi apenas um quadro, foi uma espécie de coleção chamada de "Quatro Estações", na qual como o nome já diz, eram 4 quadros, e cada um com o nome de uma estação do ano, e os 7 anos que falei no início foram para fazer os 4 quadros e não apenas 1. Eram os seguintes: "A Primavera ou Orfeu e Euridice", "O Verão ou Diana e Actéon", "O Outono ou Baco e Ariadne" e "O Inverno ou Juno e Éolo". Infelizmente não tive a oportunidade de ver todas as obras, a única que estava exposta no MASP era "O Outono", mas achei na internet foto de todas elas. E só pra constar acho que o Museu deveria passar a informação que existem outros quadros dessa coleção, afinal, leigos como eu, nunca saberiam disso se não fossem pesquisar.
Mas, reclamações à parte… a obra que escolhi, retrata Baco (ou Dionísio, para os gregos) e Ariadne, respectivamente.
Quando pesquisei sobre o que a mitologia grega falava sobre os 2 personagens da obra, achei 2 versões da história, na verdade o que difere uma da outra são os finais.
Uma diz que o rei Minos, pai de Ariadne, tinha o famoso Minotauro, aquele com cabeça de touro e corpo de homem, como animal de estimação, porém ele vivia num labirinto em Creta, escondido dos habitantes da cidade. Porém uma vez a cada 9 anos, um navio que vinha de Atenas desembarcava em Creta 7 rapazes e 7 moças, que eram devorados pelo Minotauro. Os atenienses eram obrigados a mandar seus filhos para lá, por causa de uma antiga guerra entre Creta e Atenas.
Quando essa fato estava prestes a se repetir pela terceira vez, Teseu, um herói de Atenas declarou que queria ser um dos 7 rapazes à ir, pois ele estava certo de que conseguiria matar o Minotauro. Quando chegaram à Creta e foram se apresentar ao rei Minos, Ariadne, sua filha, logo se apaixonou por Teseu, e lhe deu uma espada (para ele matar o Minotauro) e um fio de linha, para ele amarrar uma das pontas em sua cintura e a outra na entrada do labirinto, para voltar, bastaria seguir o fio.
Por fim, Teseu matou o Minotauro e partiu junto com Ariadne rumo à Atenas, aonde eles teriam sido felizes, se não fosse o Deus Baco (ou Dionísio) que apareceu no meio do caminho, e o obrigou a entregar-lhe Ariadne. Teseu não conseguiu vencê-lo.
Já a outra versão diz que Ariadne prometeu ajudar Baco com a espada e o fio de linha (também chamado de Fio de Ariadne), se ele prometesse levá-la pra Atenas e se casar com ela. Ele fez a promessa, porém não cumpriu, e no caminho abandonou-a enquanto dormia na Ilha de Naxos (Ilha que está retratada no quadro "O Outono"). A Deusa Afrodite, vendo seu desespero, lhe promete um amante imortal, que no caso seria Baco (ou Dionísio), que é filho de Zeus e Sêmele, e isso acontece na própria Ilha de Naxos.
As histórias tem finais bem diferentes, podendo agradar gregos e troianos. Difícil saber qual é a "verdadeira". Fica por conta do freguês. 


Nos links a seguir, você pode conferir a imagem das outras obras que fazem parte da coleção "Quatro Estações" de Eugène Delacroix:
 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_a_primavera.jpg "A Primavera ou Orfeu e Euridice". Obra de Eugène Delacroix. 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_o_verão.jpg "O Verão ou Diana e Actéon". Obra de Eugène Delacroix. 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_o_inverno_02.jpg "O Inverno ou Juno e Éolo". Obra de Eugène Delacroix.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Visita ao MASP

Estação Trianon-Masp.
Foto: Fernanda Coelho.

Terça-feira, 27 de abril de 2010, 8:45hrs da manhã, lá estou eu me preparando para ir encontrar o pessoal na Estação São Judas do metrô.
Entrei no ônibus, que por sinal demorou muito pra passar, me deixando tomar chuva no ponto logo cedo, encontrei o André e a Letícia na catraca da Estação quando eram 10:40hrs, apesar da demora do ônibus, me atrasei apenas 10 minutos. De lá, fomos até a Estação Ana Rosa, aonde fizemos baldeação para a linha verde e encontramos a Ananda e a Vivian.
Chegamos na Estação Trianon-Masp às 11:08hrs, e lá ficamos esperando a Patrícia, que por acaso se atrasou um bocado, chegando apenas as 11:30hrs.
Após a chegada dela, fomos para o MASP, onde o Arthur já estava nos aguardando.

MASP - Museu de Arte de São Paulo.
Foto: Fernanda Coelho.

Fomos para a bilheteria pegar nosso ingresso, que foi totalmente FREE, afinal as terças-feiras a entrada no MASP é gratuita, e fomos direto para o segundo andar. Lá, vimos todas as exposições que estavam acontecendo. Romantismo - a arte do entusiasmo, Olhar a ser Visto - retratos e auto-retratos, Luise Weiss - passagens e memórias e A Arte do Mito (que foi a que mais me chamou a atenção). 
Depois de muito olhar, apreciar e tentar desvendar cada quadro, descemos para o primeiro andar e vimos uma exposição de Max Ernst, onde haviam 184 colagens, uma mais incrível que a outra, realmente muito interessante, nunca havia visto nada parecido, lendo sobre suas obras, vi que suas colagens fazem crítica às convenções sociais da Europa do período entre guerras. 
Vale a pena conferir. Ficamos no MASP até por volta das 14:30hrs. Depois de lá fizemos algumas fotos do Museu (do lado de fora, claro, pois dentro é proibido, nem mesmo as mochilas podem entrar, tem que ficar guardadas numa espécie de chapelaria).



A Realidade.
Foto: Fernanda Coelho.

Embaixadinha na Av. Paulista. Gravação da REDETV!
Foto: Fernanda Coelho.

Depois de algumas fotos, fomos até o Mc Donald's, afinal nosso estômago já estava nos lembrando a um bom tempo que estava mais do que na hora de almoçar. 
No caminho, vimos uma cena inédita, uma mulher sendo filmada pela REDETV! fazendo embaixadinha na ilha entre as 2 vias da Avenida Paulista. 
Claro que tivemos que fotografar isso! Atravessei a rua para ficar bem na frente deles, mas levei uma bronca do câmera, e acabei tendo que ir para a lateral. Depois disso, chegamos no Mc Donald's, comi um caprichado Big Mac, com direito a batata frita e suco de uva! 
Após essa refeição super saudável, peguei o ônibus em direção ao meu lar, doce lar!  :)