quinta-feira, 29 de abril de 2010

Análise da Obra "O Outono" - Eugène Delacroix

Como falei anteriormente, a exposição mais atrativa na minha opinião, foi sobre A Arte do Mito. Lá constavam diversas obras, poderia passar horas aqui escrevendo sobre todas elas, mas sempre tem uma em especial, aquela que a primeira vista cativa e desperta curiosidade.
E essa obra foi "O Outono" de Eugène Delacroix (1798-1863), uma tela que teve início em 1856 e só foi concluída em 1863. Só de ver que foram necessários 7 anos para Eugène concluir essa obra, dá pra imaginar a riqueza da tela e a quantidade de incontáveis detalhes que te fazem passar no mínimo 30 minutos à frente da obra para conseguir perceber cada um deles, é realmente impressionante!



"O Outono ou Baco e Ariadne"
Obra de Eugène Delacroix.

Não conhecia essa obra de Delacroix, na verdade, nunca fui uma profunda conhecedora de obras de arte. O único quadro que eu já conhecia do artista, cujo qual já ganhou minha total admiração, é "A Liberdade Guiando o Povo", e pra ser bem sincera acho que só o conhecia pelo fato dele estampar o encarte do último CD do Coldplay.
Mas após a ida ao MASP que me fez ficar encantada por sua obra, fui pesquisar sobre o artista e descobri que esse quadro na verdade, foi encomendado por um político e industrial alsaciano chamado Andree-Frédéric Hartmann (1772-1851), e não foi apenas um quadro, foi uma espécie de coleção chamada de "Quatro Estações", na qual como o nome já diz, eram 4 quadros, e cada um com o nome de uma estação do ano, e os 7 anos que falei no início foram para fazer os 4 quadros e não apenas 1. Eram os seguintes: "A Primavera ou Orfeu e Euridice", "O Verão ou Diana e Actéon", "O Outono ou Baco e Ariadne" e "O Inverno ou Juno e Éolo". Infelizmente não tive a oportunidade de ver todas as obras, a única que estava exposta no MASP era "O Outono", mas achei na internet foto de todas elas. E só pra constar acho que o Museu deveria passar a informação que existem outros quadros dessa coleção, afinal, leigos como eu, nunca saberiam disso se não fossem pesquisar.
Mas, reclamações à parte… a obra que escolhi, retrata Baco (ou Dionísio, para os gregos) e Ariadne, respectivamente.
Quando pesquisei sobre o que a mitologia grega falava sobre os 2 personagens da obra, achei 2 versões da história, na verdade o que difere uma da outra são os finais.
Uma diz que o rei Minos, pai de Ariadne, tinha o famoso Minotauro, aquele com cabeça de touro e corpo de homem, como animal de estimação, porém ele vivia num labirinto em Creta, escondido dos habitantes da cidade. Porém uma vez a cada 9 anos, um navio que vinha de Atenas desembarcava em Creta 7 rapazes e 7 moças, que eram devorados pelo Minotauro. Os atenienses eram obrigados a mandar seus filhos para lá, por causa de uma antiga guerra entre Creta e Atenas.
Quando essa fato estava prestes a se repetir pela terceira vez, Teseu, um herói de Atenas declarou que queria ser um dos 7 rapazes à ir, pois ele estava certo de que conseguiria matar o Minotauro. Quando chegaram à Creta e foram se apresentar ao rei Minos, Ariadne, sua filha, logo se apaixonou por Teseu, e lhe deu uma espada (para ele matar o Minotauro) e um fio de linha, para ele amarrar uma das pontas em sua cintura e a outra na entrada do labirinto, para voltar, bastaria seguir o fio.
Por fim, Teseu matou o Minotauro e partiu junto com Ariadne rumo à Atenas, aonde eles teriam sido felizes, se não fosse o Deus Baco (ou Dionísio) que apareceu no meio do caminho, e o obrigou a entregar-lhe Ariadne. Teseu não conseguiu vencê-lo.
Já a outra versão diz que Ariadne prometeu ajudar Baco com a espada e o fio de linha (também chamado de Fio de Ariadne), se ele prometesse levá-la pra Atenas e se casar com ela. Ele fez a promessa, porém não cumpriu, e no caminho abandonou-a enquanto dormia na Ilha de Naxos (Ilha que está retratada no quadro "O Outono"). A Deusa Afrodite, vendo seu desespero, lhe promete um amante imortal, que no caso seria Baco (ou Dionísio), que é filho de Zeus e Sêmele, e isso acontece na própria Ilha de Naxos.
As histórias tem finais bem diferentes, podendo agradar gregos e troianos. Difícil saber qual é a "verdadeira". Fica por conta do freguês. 


Nos links a seguir, você pode conferir a imagem das outras obras que fazem parte da coleção "Quatro Estações" de Eugène Delacroix:
 http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_a_primavera.jpg "A Primavera ou Orfeu e Euridice". Obra de Eugène Delacroix. 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_o_verão.jpg "O Verão ou Diana e Actéon". Obra de Eugène Delacroix. 
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Delacroix_-_o_inverno_02.jpg "O Inverno ou Juno e Éolo". Obra de Eugène Delacroix.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Visita ao MASP

Estação Trianon-Masp.
Foto: Fernanda Coelho.

Terça-feira, 27 de abril de 2010, 8:45hrs da manhã, lá estou eu me preparando para ir encontrar o pessoal na Estação São Judas do metrô.
Entrei no ônibus, que por sinal demorou muito pra passar, me deixando tomar chuva no ponto logo cedo, encontrei o André e a Letícia na catraca da Estação quando eram 10:40hrs, apesar da demora do ônibus, me atrasei apenas 10 minutos. De lá, fomos até a Estação Ana Rosa, aonde fizemos baldeação para a linha verde e encontramos a Ananda e a Vivian.
Chegamos na Estação Trianon-Masp às 11:08hrs, e lá ficamos esperando a Patrícia, que por acaso se atrasou um bocado, chegando apenas as 11:30hrs.
Após a chegada dela, fomos para o MASP, onde o Arthur já estava nos aguardando.

MASP - Museu de Arte de São Paulo.
Foto: Fernanda Coelho.

Fomos para a bilheteria pegar nosso ingresso, que foi totalmente FREE, afinal as terças-feiras a entrada no MASP é gratuita, e fomos direto para o segundo andar. Lá, vimos todas as exposições que estavam acontecendo. Romantismo - a arte do entusiasmo, Olhar a ser Visto - retratos e auto-retratos, Luise Weiss - passagens e memórias e A Arte do Mito (que foi a que mais me chamou a atenção). 
Depois de muito olhar, apreciar e tentar desvendar cada quadro, descemos para o primeiro andar e vimos uma exposição de Max Ernst, onde haviam 184 colagens, uma mais incrível que a outra, realmente muito interessante, nunca havia visto nada parecido, lendo sobre suas obras, vi que suas colagens fazem crítica às convenções sociais da Europa do período entre guerras. 
Vale a pena conferir. Ficamos no MASP até por volta das 14:30hrs. Depois de lá fizemos algumas fotos do Museu (do lado de fora, claro, pois dentro é proibido, nem mesmo as mochilas podem entrar, tem que ficar guardadas numa espécie de chapelaria).



A Realidade.
Foto: Fernanda Coelho.

Embaixadinha na Av. Paulista. Gravação da REDETV!
Foto: Fernanda Coelho.

Depois de algumas fotos, fomos até o Mc Donald's, afinal nosso estômago já estava nos lembrando a um bom tempo que estava mais do que na hora de almoçar. 
No caminho, vimos uma cena inédita, uma mulher sendo filmada pela REDETV! fazendo embaixadinha na ilha entre as 2 vias da Avenida Paulista. 
Claro que tivemos que fotografar isso! Atravessei a rua para ficar bem na frente deles, mas levei uma bronca do câmera, e acabei tendo que ir para a lateral. Depois disso, chegamos no Mc Donald's, comi um caprichado Big Mac, com direito a batata frita e suco de uva! 
Após essa refeição super saudável, peguei o ônibus em direção ao meu lar, doce lar!  :)